Ebook O Regime de Responsabilidade Civil Extracontratual do Estado e demais Entidades Públicas 2.ª Edição
€31.20 com IVA
Nota prévia à 2.ª edição
Nos dez anos de vigência do regime da responsabilidade civil extracontratual do Estado e demais entidades públicas – brevíssimas reflexões, em forma tópica
A obra em apreço nasceu motivada pela necessidade de análise do regime da responsabilidade civil extracontratual do Estado e demais entidades públicas (RRCEE), numa perspectiva essencialmente jurisprudencial. A esse repto responderam os Autores convidados, tendo a obra sido lançada em Fevereiro de 2017 e conhecido ampla divulgação em colóquios realizados em Lisboa, Porto e Faro, no decorrer do mesmo ano civil1, ou seja, em vésperas de comemoração do décimo aniversário da entrada em vigor do referido regime, aprovado pela Lei 67/2007, de 31 de Dezembro.
Tendo a tiragem, correspondente à 1.ª edição da obra em alusão, esgotado, julgou-se oportuna a preparação de uma 2a edição, composta por um texto novo – dedicado à unificação da responsabilidade extracontratual e contratual – e por diversas actualizações aos textos e às anotações constantes da edição anterior, fruto dos arestos entretanto proferidos e que, nessa sequência, se tornaram publicamente conhecidos. Mereceu igualmente actualização a listagem de jurisprudência (levada a cabo pelo Dr. Ricardo Oliveira, a quem se reitera o agradecimento pela tarefa da sua elaboração) que integra esta obra, e que se encontra electronicamente disponível.
Em data redonda como aquela que se comemora, os coordenadores decidiram, em jeito de balanço, expressar algumas notas, precisamente, quanto ao regime jurídico em referência e a alguns aspectos conexos ao mesmo, designadamente, em face do que tem sido a sua – ainda tímida – aplicação. E o que se fará no imediato. Tendo em atenção que este regime incide sobre a responsabilidade do Estado numa tripla (quádrupla?) dimensão – administrativa, judicial e legislativa em concretização do artigo 22° da Constituição da República Portuguesa, cumpre apreciar a sua incidência em todas estas vertentes, ainda que de forma breve.
Vale a pena realçar, preliminarmente, que se assiste a um persistente estado de atraso da justiça na decisão das acções de efectivação da responsabilidade pública, sobretudo no plano da função administrativa, facto que explica que estejamos ainda a assistir, mormente nos tribunais superiores, a julgamentos com base na legislação anterior ao RRCEE. O Decreto-Lei 48.051, de 21 de Novembro de 1967, constitui ainda direito vivo, na prática dos nossos tribunais. Se é verdade que muitas acções de efectivação da responsabilidade se afiguram complexas da perspectiva da análise da matéria de facto, e sensíveis quanto às consequências de Direito, não deixa de ser preocupante a constante dilação entre a propositura da acção – da qual por vezes já dista a prática do facto lesivo um ou dois anos – e a prolação da decisão final, com o inerente trânsito em julgado. A ponto de, numa das últimas condenações do Estado português pelo Tribunal de Estrasburgo, este ter considerado “impressionante” (frappant) o prazo de 9 anos, 11 meses e 25 dias que a Justiça Administrativa consumiu até proferir decisão final (pelo Supremo Tribunal Administrativo – STA) num caso de alegada (e desconsiderada) negligência médica. Mas, infelizmente, há casos em que o prazo em apreço é ainda superior4, sendo este quadro, a vários títulos, incompreensível e inquietante num Estado de Direito.
Subtítulo | Comentários à Luz da Jurisprudência |
Editor | AAFDL Editora |
Coordenação de: | Carla Amado Gomes, Ricardo Pedro, Tiago Serrão |
Autor(es) | Afonso Brás, Ana Fernanda Neves, Carla Amado Gomes, Filipa Lemos Caldas, Francisco Paes Marques, Jaime Valle, Joana Sousa Loureiro, João Tiago Silveira, Jorge Silva Sampaio, José Duarte Coimbra, Mafalda Carmona, Marco Caldeira, Maria Luísa Duarte, Mariana Melo Egídio, Miguel Assis Raimundo, Nuno Trigo dos Reis, Paula Costa e Silva, Pedro Moniz Lopes, Ricardo Pedro, Rui Pinto, Rui Tavares Lanceiro, Sandra Lopes Luís, Tiago Fidalgo de Freitas, Tiago Serrão |
Ano | 2018 |
N.º Págs. | 921 |
ISBN | 978-972-629-412-2 |
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